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sexta-feira, 5 de abril de 2019

MESTRE PASTINHA, PAI E PROTETOR DA CAPOEIRA DE ANGOLA






   Nascido em 05 de abril de 1889 na cidade de Salvador Bahia. Vicente Ferreira Pastinha. Filho  de    José Pastinha (Pastiña), descendente de espanhol, proprietário de um pequeno armazém e Eugênia Maria de Carvalho Ferreira, uma negra nascida  em Santo Amaro da Purificação, a qual teve pouco contato.
   Pastinha travava luta com um menino quando tinha oito anos de idade , mas sempre levava  a  pior, de ver o menino sempre naquela situação, observando da janela de casa o "O MESTRE BENEDITO" decidiu ensinar-lhe a arte da capoeira.
   Aos 12 anos, ingressou na escola de aprendizes da Marinha. Onde ensinou capoeira aos colegas.
   Em 1910, pediu dispensa e começou a ensinar capoeira para número 19.   Lá treinaram   personalidades como:  João Grande, João Pequeno, Gildo Alfinete, Albertino da Hora, Natividade, dentre outros grandes nomes da capoeira.
   Além de trabalhar no Diário da Bahia, fundou em 1941 "O Centro Esportivo de Capoeira de Angola ".(CECA), no largo do Pelourinho. Apreciaram  as rodas de Mestre Pastinha: O Escritor Jorge Amado, Caribé, o filósofo Jean-Paul Sartre, e o ator Jean-Paul Belmondo. Nesse mesmo ano a convite de Aberrê( Ex-aluno). Pastinha foi para uma roda de domingo na ladeira do Gengibeira, localizada no Bairro da Liberdade , onde os melhores Mestres de Capoeira passaram a tarde, nesse dia um dos maiores mestres da Bahia chamado AMORZINHO, passa o comando total da CAPOEIRA DE ANGOLA para o mestre Pastinha. Os alunos de Pastinha usavam , calças pretas e camisetas amarelas as cores do Esporte Clube Ypiranga  seu clube de futebol favorito.
   Em abril de 1966, foi à África, representar o Brasil no 1 Festival Mundial de Arte Negra em Dakar ( Senegal ), recebendo várias homenagens dos participantes e promotores do festival.
   Em 1971, quando já estava velho e cego, disseram-lhe que teria que ser feita algumas reformas no conjunto arquitetônico do Pelourinho e que ele teria que mudar-se, assim  que o prédio tivesse pronto poderia voltar pra dar aulas em sua academia.
   Na mudança perdeu quase todos os móveis da academia, instrumentos, quadros, fotografias, e passou a receber uma quantia simbólica que mal dava para seu sustento. Quase paralítico e muito doente, foi morar num quarto pequeno e úmido, sem janelas, situado na Rua Alfredo Brito, n. 14, no Pelourinho.
   Infelizmente as coisas não aconteceram como deviam. O prédio foi desapropriado pela prefeitura e doado ao Patrimônio Histórico da Fundação do Pelourinho, que vendeu ao SENAC, Ao ficar sabendo, o mestre caiu em profunda depressão.
   Em fins de 1979, sofreu um derrame cerebral e após um ano de internação em hospital público foi enviado para um Abrigo D. Pedro II.
   Em 13 de novembro de 1981, aos 92 anos, morre cego, esquecido e na miséria o grande "MESTRE PASTINHA.
   
   

      Se estivesse vivo hoje, o Mestre Pastinha completaria 130 anos de idade.

                       Pesquisada pela professora Railda Alves Araujo Santana 

                       Fonte de Pesquisa: Revista Praticando Capoeira
                       
                      Acervo: Mestre Chuvisco

Um comentário:

  1. É a capoeira fazendo história na vida dos brasileiros.É uma honra fazer parte dessa história

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