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domingo, 14 de novembro de 2021

OBJETIVO DO CÓDIGO DE ÉTICA

 

CÓDIGO DE ÉTICA DA ESCOLA DO MESTRE CHUVISCO

O objetivo deste código é disciplinar e servir como uma

orientação de condutas e atitudes dignas da escola. Ele não deve ser

visto como um instrumento de controle das liberdades individuais, nem tampouco como

um mecanismo de coerção, mas sim como um documento orientador que tem como

função precípua, contribuir para a preservação da imagem de uma escola que se

fortaleceu cultivando os rigores da ética, da solidariedade, da fraternidade e da cidadania.

CAPITULO 1

DIREÇÃO DA ESCOLA

Art. 1º. A Escola do Mestre Chuvisco é dirigida pelo Conselho de Mestres, cujos membros são os Mestres em atividades docentes ou filiados convidados, conforme especificado no Estatuto.

O REFERIDO CONSELHO

Presidido por um mestre eleito pelos seus integrantes para o mandato de um ano, podendo

ser reeleito para mais um ano. Os Mestres, participam do Conselho de Mestres com direito a voz e sem direito a voto.

CAPITULO II

ATRIBUIÇÕES DO ALUNO

Art. 2º. São atribuições dos alunos da Escola do Mestre Chuvisco:

I- Consultar previamente seu docente sobre visitas a outros grupos e associações de capoeira;

II- Usar o uniforme de capoeira da Escola do Mestre Chuvisco (calça, camiseta branca e corda de graduação) em todas as atividades oficiais de capoeira que participar;

III- Conhecer e seguir as normas adotadas da Escola do Mestre Chuvisco;

IV- Pautar sua conduta pelos usos e costumes estabelecidos da Escola do Mestre Chuvisco.

V- Será intolerável desrespeito, desacato ao monitor, instrutor, professores, contramestres, mestres e qualquer um dos filiados ainda que não tenha graduação, o aluno desrespeitoso será notificado e caso não haja mudança será inativado da Escola do Mestre Chuvisco.

VI- Saudação aos mestres e ou aquele que esteja a frente dos trabalhos.

 

CAPITULO III

Regras de Conduta Art. 3º. Regra de Conduta para o capoeirista filiado.

I- É considerada infração gravíssima o envolvimento em brigas em qualquer lugar utilizando o uniforme ou portando o mesmo, o infrator estará sujeito a inatividade aos treinos, o caso será analisado pela a Escola do Mestre Chuvisco.

II- Não é permitido brincadeiras na hora do treino, nem treinos paralelos realizados por alunos.

III- Para os alunos menores de idade, é cobrada a apresentação do boletim escolar com boas notas.

IV- Pontualidade nos treinos, postura e boa conduta.

V- A utilização dos uniformes é apenas para treinos oficiais da Escola do Mestre Chuvisco, eventos ou rodas e aulas de capoeira.

VI- É conduta ética tratar a todos com respeito e não tolerável discriminação de qualquer tipo na nossa escola.

VII- Respeitar os aspectos físicos do outro quanto a sua vulnerabilidade.

VIII- Não é permitido qualquer tipo de assédio.

IX- Não beber ou fumar nas dependências da escola.

X- Não está alcoolizado ou fazendo o uso qualquer tipo de entorpecentes nos treinos e principalmente em eventos.

XI- Respeito mútuo entre os componentes da Escola do Mestre Chuvisco e amigos que fazem parte da família capoeira.

CAPITULO IV

DEVERES E RESPONSABILIDADES

Art. 4º São deveres e responsabilidades de todos os filiados da Escola do Mestre Chuvisco.

I- É de responsabilidade de todos os filiados contribuir para a escola, uma taxa mensal: R$ 40,00 Reais para crianças menores de 10 anos, R$ 50,00 Reais, para 14 a 18 anos e demais afiliados R$ 80 Reais.

III- Uniformes e cordas são cobrados; é dever de todos estarem devidamente uniformizados e em perfeito asseio usando-o de forma correta.

CAPITULO VI

DISCIPLINA NA RODA

Art. 5º. Faz parte do campo disciplinar e conduta na roda de capoeira da Escola do Mestre Chuvisco:

I - Não é permitido ao aluno sair da roda sem autorização de um graduado.

II – Não é permitido conversas e brincadeiras na hora da roda, toda a atenção deve ser voltada para o jogo ao centro.

III – É fora da ética e não permitido aluno cortar um professor, contramestre ou mestre do jogo, ou cortar o jogo quando tem um professor, contramestre ou mestre ao pé do berimbau.

IV – Faz parte da disciplina a todos participantes da roda acompanhar com palmas e responder os cantos.

V – Não é permitido crianças ficarem abaixadas ao pé do berimbau.

VI – Ao iniciar uma roda deve aguardar a autorização para sair pra o jogo, a mesma pode ser dada pelo berimbau ou pelos coordenadores da roda,

KLEBER BARRETO DOS SANTOS (Mestre Chuvisco) Prof. Railda Barreto

Mestre Bimba, o homem que abriu as portas para o ‘boom’ mundial da capoeira


Misto de artes marciais, esporte e dança, a prática deixou de ser ilegal graças a esse baiano, para anos mais tarde ser reconhecida pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade 

Coube a Mestre Bimba preservar os segredos da capoeira, uma atividade considerada ilegal um século atrás por ser associada à marginalidade, e transformá-la numa prática tradicional, com todo o reconhecimento social e cultural do qual hoje desfruta. Não foi fácil para alguém que provinha de uma família humilde e numerosa e que precisou realizar diferentes trabalhos quando jovem para sobreviver, antes de descobrir a capoeira e dedicar toda a sua vida a estudá-la, aperfeiçoá-la recuperando seus valores tradicionais e ensiná-la, fundando a primeira academia do mundo. Desde então é considerado o pai e ícone da capoeira regional. Um Doodle do Google homenageia nesta sexta-feira, 23, os 119 anos de seu nascimento.

Paulo Freire, o patrono da educação duas vezes perseguido pelo autoritarismo

Presidente Bolsonaro já defendeu expurgar das escolas brasileiras o método criado pelo pedagogo. Centenário do educador é lembrado por um doodle, do Google.


A capoeira, com mais de 500 anos de história, deve a Mestre Bimba que milhões de pessoas em todo o mundo a pratiquem na atualidade, conquistando novos adeptos onde chega, por desenvolver tanto a atividade física como a mental, a coordenação, o ritmo e, obviamente, a disciplina de um código de conduta que ele mesmo implantou. Desenvolvida por escravos como uma forma de preservar as tradições culturais africanas, a capoeira lhes permitia se manterem ágeis e fortes em meio a um sistema opressor que tratava de anulá-los como indivíduos. A combinação de equilíbrio e flexibilidade com o ritmo e a força da dança, assim como a velocidade e a astúcia da luta, junto com a música, lhe conferem um atrativo que outras atividades não têm. A palavra capoeira tem diferentes acepções: uma deles provém de uma palavra congolesa que significa dar piruetas e lutar, e que descreve os movimentos de um galo durante uma briga. Apesar de ser censurada e considerada ilegal durante anos, hoje continua viva graças ao impulso de Mestre Bimba, que conseguiu que se tornasse um esporte nacional no Brasil, e ao legado dele que hoje se espalha por todo o mundo.

Manoel dos Reis Machado nasceu em Salvador, em 23 de novembro de 1899. Seu nome se perdeu assim que nasceu, já que desde então começou a ser chamado de Bimba. Tudo por causa de uma aposta entre sua mãe e a parteira durante o trabalho de parto: sua mãe apostava que seria uma menina, e a parteira previa um menino. Ao ser entregue à mãe com o primeiro grito, a parteira disse: “É um menino, olhe o bimba dele”. Bimba trabalhou na adolescência e juventude como garimpeiro, carpinteiro, almoxarife, estivador e até como condutor de charretes para poder sobreviver numa família em que era o caçula de 25 irmãos. Mas, quando descobriu a capoeira, ficou tão seduzido por ela que nunca mais a abandonou. Começou a praticar a variedade conhecida como capoeira Angola, aos 12 anos, graças a um africano chamado Bentinho. Essa variedade foi a que depois ensinaria durante uma década, antes de desenvolver seu próprio estilo, conhecido como tradicional. Nos anos em que Bimba se aproximou da capoeira, no começo do século passado, ainda era perseguida pelas autoridades, que a associavam a marginais, razão pela qual jogá-la em público acarretava até três meses da prisão. Umas décadas antes, o castigo era receber de 300 açoites e inclusive a deportação. Quando completou 18 anos, Bimba quis se aprofundar na capoeira e percebeu que ela tinha perdido sua eficácia como arte marcial, preservando-se como mera atividade folclórica. Foi então que decidiu restaurar os valores tradicionais e os movimentos da antiga capoeira, acrescentando passos de um extinto estilo de luta africana chamado batuque, que ele tinha aprendido com seu pai, um reconhecido campeão dessa disciplina. Também acrescentou movimentos criados por ele mesmo, tornando-se a primeira pessoa a desenvolver um método de ensino para facilitar o aprendizado, já que até então a capoeira se aprendia só observando e praticando. Foi assim que Bimba começou o desenvolvimento da capoeira regional. Bimba, que também começou a ser reconhecido com o título de Mestre, observou que a capoeira precisaria de um código de ética para poder recuperar sua reputação e ser aceita, espalhando-se a outros âmbitos além dos ambientes marginais, que eram os únicos a reconhecerem-na como parte do patrimônio do país. Os praticantes da variedade regional do Mestre Bimba deviam estar sempre apresentáveis, usando uniformes brancos e limpos, com lenços coloridos indicando sua gradação. Também incluiu conjuntos coreografados de movimentos e introduziu projeções e varreduras, o que lhe conferia uma característica que a distingue do outro tipo principal de capoeira do Brasil, o Angola. Esse código de honra também incluía regras como não fumar nem beber álcool; que as habilidades só deviam ser demonstradas dentro da roda, embora permitindo o elemento surpresa no caso de uma briga real; que durante o treino o capoeirista deveria se centrar na tarefa; praticar ao máximo cada movimento; que o jovens capoeiristas tivessem boas notas na escola… Mestre Bimba também estabeleceu seus princípios da capoeira como parte do método de ensino. Entre eles: gingar sempre, que significa se manter em constante movimento durante o jogo, já que a ginga é o movimento básico da capoeira; esquivar sempre para evadir os ataques do oponente; manter um ponto fixo no chão, porque os saltos acrobáticos deixam o capoeirista vulnerável; jogar de acordo com o ritmo estabelecido pelo berimbau e respeitar o oponente quando este já não puder se defender de um movimento de ataque. Mestre Bimba foi capaz de criar várias tradições e rituais relacionados à capoeira para alicerçar sua metodologia de ensino: empregava uma cadeira para o treinamento dos principiantes; também a charanga, que é a orquestra da capoeira, composta por um berimbau e dois pandeiros; o canto (quadras e corridos), canções compostas por Bimba para acompanhar o jogo… Em 1928, Bimba já era suficientemente respeitado para que pudesse questionar o caráter ilegal da capoeira. Era voz corrente que ele a ensinava e que se preocupava em aprofundar em suas raízes e aperfeiçoá-la. Depois de uma atuação para o governador Juracy Magalhães no palácio da Aclamação, Mestre Bimba finalmente conseguiu convencer as autoridades sobre o valor cultural da prática, pondo fim à sua proibição oficial na década de 1930. Bimba fundou então, em 1932, a primeira escola de capoeira do mundo, a Academia-Escola de Cultura Regional, em Salvador, embora sem mencionar a palavra capoeira no nome, pois ela continuava sendo vista como uma atividade de marginais. Pouco depois, o ensino da sua capoeira foi reconhecido como educação física pela então Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública. A escola virou um lugar onde pessoas de todos os âmbitos da sociedade podiam aprender a arte marcial, o que deu à capoeira um ar de respeitabilidade em todos os estratos sociais do Brasil e mudou sua imagem para sempre. Desde então, milhares de pessoas, de políticos a artistas, passando por empresários e pessoas de todas as idades, se aproximaram da capoeira como uma atividade física e esportiva completa. Em 1936, Mestre Bimba desafiou os lutadores de qualquer arte marcial a enfrentarem o seu estilo regional. Disputou quatro combates e ganhou todos. Um ano depois, obteve o certificado que o creditava como formador e registrou sua primeira escola. Em 1942 abriu uma segunda academia de capoeira, e em 1946 teve lugar a primeira exibição pública como uma apresentação folclórica brasileira, além de conseguir que a capoeira se tornasse uma atividade econômica rentável, pela qual seus praticantes podiam ganhar dinheiro de forma honesta com sua arte. Em julho de 1953, Bimba realizou uma demonstração de capoeira para o então presidente Getúlio Vargas, que declarou: “A capoeira é o único esporte verdadeiramente brasileiro”. Muitas celebridades brasileiras passaram pela escola de Bimba. Depois do chamado batismo, o Mestre começava a ensinar as técnicas mais avançadas, como o floreio e as sequências de defesa pessoal, o que levava a crer que o aprendizado da capoeira era infinito, embora, como ele mesmo dissesse, “os golpes básicos da capoeira são sete, e desses sete se podem realizar outros sete mais, e assim sucessivamente, sendo aceito qualquer movimento do corpo dentro de uma roda, desde que esteja regido pelo som do berimbau e mantenha o ritmo da ginga”. Apesar do crescimento exponencial da capoeira, nas duas décadas seguintes Bimba se ressentiu da falta de consideração das autoridades baianas e do descumprimento das promessas de manutenção do apoio às suas escolas. Tomou então a decisão, em 1973, de se mudar para Goiânia, aceitando o convite de um antigo aluno. Ali morreu um ano depois, em 15 de fevereiro de 1974, no Hospital das Clínicas, devido a um derrame cerebral após se sentir indisposto, justamente após uma exibição de capoeira. Tinha 74 anos. Transformado em um dos homens mais significativos na história da capoeira e em uma das pessoas mais influentes na história das artes marciais no Brasil, seu legado se mantém vivo porque conseguiu recuperar os valores originais dessa prática. Para Bimba, a capoeira deveria ser sempre evitada como briga, pois acreditava que era uma luta de cooperação, em que o jogador mais forte era sempre responsável pelo jogador mais fraco. Depois da sua morte, um de seus filhos, Mestre Nenel (Manoel Nascimento Machado), assumiu, aos 14 anos, a academia de capoeira do seu pai e continua sendo responsável por seu legado cultural e histórico. Atualmente preside a Escola Filhos de Bimba da Capoeira, mas Mestre Bimba é ainda hoje o mestre mais reconhecido de todos, com direito a títulos honoris causa, como o que lhe foi concedido postumamente em 1996 pela Universidade Federal da Bahia.

Em 2014, a Unesco reconheceu a capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o que a situa de maneira oficial, e em nível mundial, como uma das manifestações populares mais expressivas da cultura brasileira.

fonte: de referência https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/23/cultura/1542961010_911079.html 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

 Mestre Bimba x Mestre Osvaldo: O Judas da Capoeira? e Conceito &Trajetória na Capoeira!



O outro lado da História!

Prólogo:

Quando Mestre Bimba veio para Goiás e a Bahia perdeu Mestre Bimba, todo mundo ficou conversando, cada um falava a sua maneira.

Tudo oque eu digo aqui é uma maneira de me defender, porque todo mundo me criticou demais!

Essa defesa é um direito meu, porque na hora só tomei cacetada, todos se viraram contra mim, eu que fiz todo o benefício! Aos incrédulos do que eu digo, aviso que tenho documentos para provar!

Osvaldo Rocha de Souza 



O outro lado da História!
Em 1970 treinando com Mestre Bimba no Centro de Cultura Fisica Regional da Bahia, convidei-o a visitar Goiânia, (Goiás) e ao mesmo tempo ser paraninfo da 1ª turma de capoeiristas, formatura esta feita por mim, Mestre Osvaldo de Souza no Cine Teatro Goiânia. Ele aceitou e consegui trazê-lo através do apoio do Departamento de Cultura do Estado de Goiás para formar 15 capoeiristas!
Mestre Bimba ficou comovido com a atenção do público Goiano, pois naquela época estava atravessando uma fase difícil na Bahia, ninguém lhe apoiava e eu cheguei a ver isso de perto!

Todos falam:
Mestre Bimba prá lá, Metre Bimba pra cá, mas ninguém procurou ajudar o Mestre dentro da maneira que correspondesse a sua expectativa, pelo número grande de discípulos que tinha em Salvador.
É importante frisar isto, pois houve/há uma grande deturpação (da verdade?) pela vinda definitiva dele para Goiás e isso posso afirmar com certeza:
Mestre Bimba nunca teve apoio em Salvador, principalmente por parte de seus discípulos!
Quando eu falo assim:
Discípulos do Mestre Bimba, não é abrangendo todo mundo, têm as pessoas de bem que sempre procuraram ajudar o Mestre, cito Mestre Decânio que foi um companheiro que ajudou o Mestre Bimba dentro de suas possibilidades!


Constatei que Mestre Bimba fazia apresentações para turistas no Nordeste de Amaralina e todo mundo sabendo das dificuldades que ele atravessava, com as despesas que tinha, ninguém correspondia, tanto é que muitos díscípulos que participavam do Show com Capoeira, Maculêle, samba de roda, samba duro e apresentação de Candomblé, ficavam brigando para dividir o dinheiro!
Agora eu lhes pergunto:
Aonde é que está o coração destes discípulos?
Na (1ª?) vinda do Mestre Bimba para Goiás ele me disse:
Olha Osvaldo, se você puder me ajudar, eu quero vir trabalhar a Capoeira aqui no Estado de Goiás, porque a Bahia para mim não está resolvendo nada em termos financeiros!


Todo mundo falando e eu aqui (em Goiás) trabalhando, dando minhas aulas de Capoeira e sempre mandando uma ajuda para o Mestre Bimba em Salvador!
Voltei a Salvador e na época participei junto com outros alunos de Mestre Bimba de um documentário para a União Soviética que foi realizado no Nordeste de Amaralina e outro que foi filmado no Jardim de Alá!.
Participei junto com o Grupo Folclórico de Mestre Bimba e pude constatar oque já acontecera antes, todos querendo a partilha do dinheiro.


Na volta vim conversando com o Mestre e perguntei-lhe:
Como é que este pessoal ao invés de dar apoio ao Senhor, eles ficam exigindo pagamento, fazendo rateio entre eles para depois dar a parte do Mestre? Chegando na Pituba aonde eu estava hospedado por causa da temporada do Curso de Especialização com o Mestre Bimba, ele tirou o dinheiro e disse:
Aqui está a sua parte! Respondi:
Não Mestre, nunca peguei dinheiro de apresentação e não vai ser agora que vou pegar!
Foi quando ele me disse uma coisa que nunca mais esqueci:
Se todo mundo fosse igual a você Osvaldo, que sempre está me ajudando e nunca pegou dinheiro de apresentação que você participou aqui comigo! 


Em 1971 na ocasião da EXPO 71 em Goiânia-Goiás, colaborei com o pessoal da Organização e fui convidado para fazer a apresentação de Capoeira.
Sabendo das dificuldades do Mestre Bimba, pedi ao pessoal da organização para contratá-lo, para apresentar a Capoeira na abertura da Feira Agropecuária de Goiânia que é uma festa muito importante e conhecida no Brasil inteiro.
O Mestre fêz 3 apresentações e em uma delas teve a honra das presenças do Presidente Médice e do governador do Estado de Goiás, Dr Leonino di Ramos Caiado! O cachê foi de 2 milhões de cruzeiros e o ajudou muito a aguentar a crise que ele vinha atravessando na Bahia!
Foi um marco histórico para mim, pois consegui um avião da SUDENE com o Governo do Estado de Goiás, para ir buscar o Grupo Folclórico de Mestre Bimba em Salvador.


Fechei contrato com Mestre Bimba e tenho toda esta documentação arquivada! 
Tem muita gente que fica conversando oque não sabe, porque quer aparecer e viver de conversa, viver de ilusão, mentindo para os outros!
Reuni o pessoal do Mestre no Nordeste de Amaralina 7:00 horas da manhã e embarcamos para Gioânia. A volta também de avião com Mestre Bimba foi uma honra muito grande para mim, porque nenhuma dessas pessoas que conversam oque não sabem, tiveram a capacidade de fazer oque fiz pelo Mestre Bimba!

Outro grande marco que realizei, foi quando o Grupo Furacões da Bahia, fêz apresentações aqui em Gioânia! Consegui a estadia de 8 dias para 40 figurantes e que era comandado pelo Mestre Camisa Rôxa, discípulo de Mestre Bimba. Fêz o 1º Show com qualidade internacional aqui no ESEFEGO levando grande multidão. Consegui outro Show no Goiânia Tênis Clube e voçe pode tirar a conclusão:
40 pessoas e eu consegui hospedagem para todos, que ficaram muito satisfeitos comigo, com a atenção que tive para com eles.


Porque eu sempre procurei trabalhar e não ficar de conversa mole, porque conversa mole não põe ninguém para frente!
Ficar conversando e criticando é muito fácil, mas eu posso falar com todo prazer da honraria que tive de Mestre Bimba ao ele me dizer:
Voçe é um cara que faz alguma coisa!
Num Simpósio Brasileiro de História realizado aqui em Goiânia, veio delegações de todo o Brasil e a delegação Bahiana teve problema, pois estava sem verba para a alimentação e o combustível da volta.



Juntei os meus discípulos do Grupo Folclórico do Mestre Osvaldo de Souza e junto com o pessoal do Manolo aluno de Bimba e que estava na delegação Bahiana, fizemos um Show e graças a Deus, porque Deus é grande, conseguimos lotar o local e com isso conseguir a verba necessária para voltarem de ônibus!
Oque eu passo para meus alunos foi oque aprendi com Mestre Bimba, nunca desvirtuei a Capoeira Regional, tanto é que já re-editei o Método de Capoeira Regional (#1)aonde friso as palavras:
Discípulo e seguidor de Mestre Bimba!


Fiz todo o aprendizado de Capoeira com Mestre Bimba, as especializações e ele falava:
Voçe é um discípulo que eu vou diplomar!
Tanto é que recebi os diplomas, um na época do Orgão que comandava a Capoeira, a Federação de Pugilismo e outro do Centro de Cultura Física Regional da Bahia.
No diploma do Centro lê-se:
O Sr. Osvaldo Rocha de Souza recebeu com aproveitamento os cursos de Capoeira Regional e recebeu o Título de Mestre de Capoeira!


Um dia o Mestre falou para mim:
Osvaldo se um dia eu faltar, voçe vai ser endeusado por uns e odiado por outros!
Quero deixar claro aqui que nunca causei dano a coisa nenhuma, apenas atendi ao pedido dele, porque o exílio dele foi expontâneo, ja tinha vontade de vir para Goiás, tanto é que falou para os jornais:
Se eu não gozar nada em Goiás, gozarei ao menos do cemitério!
A decepção de Mestre Bimba com a Bahia foi muito grande, ja saiu de lá abalado emocional e psicologicamente, uma pessoa já de idade, passar pelo que ele passou e não ter ajuda!!!

A minha militância na Capoeira vem desde os 13 anos, sempre estive no núcleo de bons capoeiristas na Bahia, treinei com Crispim o filho de Mestre Bimba e depois fui para a mão de Mestre Bimba que me recebeu com toda a atenção e procurou me ensinar/transmitir tudo.
Tenho um acervo muito grande, fotos de Mestre Bimba, documentação que não é qualquer um que tem.



Enquanto ele esteve aqui em Goiás sempre procurei zelar pela saúde do Mestre, porque quando ele chegou estava se sentido mal e procurei médicos alunos meus que fizeram todo o check-up no Mestre, tratamento, revisão médica! Também o Doutor Carlos ajudou dando tratamento já que ele apresentava sintomas de hipertensão, e ele tinha todos os remédios necessários, os quais ele sempre procurou tomar seguindo oque os médicos prescreviam.

As Casas
Muitos falam que foi prometido casas para Mestre Bimba e familiares, escola para os filhos....nunca falei isso e não foi firmado contrato nenhum a respeito!
Ele chegou aqui, escolheu as casas e morou nelas, só que tinha que vender as casas e Academias ( a história diz que ele vendeu-as para alunos) da Bahia para poder compra-las.
Infelizmente para ele, vendeu-as a prestação e na 1ª cobrança veio da Bahia sem o dinheiro e oque ele ganhava aqui só dava para as despesas dele e familiares.


Chegou tão contrariado que até desmaiou na rodoviária!
Falar todo mundo fala, criticar todo mundo critica, mas ninguém participou, ninguém ajudou em nada!
Procurei ajudar e dentro do possivel fiz demais!
Para ele vir para cá, eu tive que pegar todo o pessoal lá, embarcar todos e encaminha-los aqui.
Lá na Bahia o pessoal ajudou em quê?
Em nada!
Fui eu quem pagou as passagens de todos e foram 22 pessoas, e para elas dei alimentação até normalizarem as suas vidas!


A Academia
Um dia Mestre Bimba me falou:
Agora vou arrumar um local e vou dar aula para minha sobrevivência.
Enquanto esteve comigo a aula era dividida 50% para cada um e eu tinha quase 600 alunos. Foi um negócio democrático, dividimos numa boa, sem um arranhão, sem nada de discussão!
Quando ele foi dar aula no DCE e na ESEFEGO uma parte de meus alunos foi com ele.



É importante frisar que foram alunos que começaram na minha Academia, e foram formados por mim na Formatura no Cine Teatro Gioânia, aonde Mestre Bimba foi paraninfo dessa turma.
Eles ficam falando:
Eu formei com Mestre Bimba, fui aluno de Mestre Bimba!
Iniciaram comigo na Capoeira, eu peguei na mão deles para ensiná-los e sei o nome de todos eles!


As cartas
Tenho cartas de quando ele me escrevia de Salvador, no começo da carta ele fala:
Meu aluno e Amigo Osvaldo!
As pessoas foram deturpando, falando isso e aquilo e procurando uma deturpação fora do comum.
Outro fato importante, eu sempre conversei com Dona Nair (esposa de Bimba) e ela falou-me:
O Mestre Bimba aqui em Gioás ganhou dinheiro que muito tempo ele não ganhou em Salvador! Eu admiro muito oque você fez pelo Mestre, porque só eu sei as dificuldades que passamos. Todo mundo fala isso e aquilo mas resolver o problema ninguém resolvia!

A morte
Dizem que Mestre Bimba morreu de Banzo aqui em Gioás oque não é verdade, porque o problema do Mestre Bimba foi a Bahia, que não socorreu ele em nada, que não fez nada, todo mundo foi displicente.
Agora eu pergunto a voçes aí em Salvador:
Um baluarte da Capoeira como Mestre Bimba, Mestres dos Mestres, o Lutero da Capoeira, o Papa da Capoeira moderna, voçes só ficam olhando o Homem na extrema dificuldade, vendendo as coisas para sobreviver?
Na hora do acontecimento que ele faleceu, eles entraram em pânico, porque não resolveram nada, ficaram aqui com o Mestre fazendo Shows e hoje se viram para querer me criticar!
Aí ele vem até mim, me pede e eu não posso falar que não para ele, pelo menos fiz oque me pediu e aqui ele teve trabalho, fez show, deu aula!
Quero deixar bem claro aqui, se ele falasse:
Me leva novamente!
Eu o levaria para Goiás!
Esta é a minha verdade!
Mestre Osvaldo de Souza, discípulo e seguidor de Mestre Bimba!



Escrito sob forte emoção, tornou-se extremamente longo e repetitivo. Por isso este é um resumo do resumo, para não tornar-se cansativo!
Recebi este Jornal da Capoeira Regional, com o sub-título Informativo da Academia Mestre Osvaldo de Souza - Ano V nº 9 de Janeiro/Fevereiro/2000 e imediatamente fiz um resumo no intuito de divulgá-lo o máximo possível. Mas brigas com o Correio local me detiveram.


Mais tarde, um ano talvez, ele mandou-me o Método de Capoeira Regional de Mestre Bimba,(#1) ao qual por descuido ou não, ele acrescentaria os desenhos todos do livro Capoeira sem Mestre de Lamartine Pereira da Costa, sem informar ao leitor!
Isto deixou-me com um pé atrás, daí a demora em divulgar!
Leiteiro


Sem dúvida, dois trabalhos que me dão orgulho é o resumo de "ATENILO, O RELÂMPAGO DA CAPOEIRA" e "A DEFESA DE Mestre OSVALDO"! Se o leitor não me cutuca eu não lembraria que: fica nítido no Prólogo seu terrível sofrimento pelas possíveis calúnias sofridas anos a fio! 
Bimba não foi só, mestre Osvaldo levou um ônibus cheio da Bahia, então fica óbvio que muita gente viu se Bimba foi ou não explorado e quem o explorou! De minha parte, estou tranquilo ao dizer que se mestre Osvaldo atraiu/traiu Mestre Bimba, também fez o possível para que êle tivesse a mesma vida boa que tinha na Bahia. 
Vou com Fernando Rabelo e acrescento sem medo: 
BANZO !
Quanto a se êle atraiu, sua frase é sintomática:
Aí ele vem até mim, me pede e eu não posso falar que não para ele, pelo menos fiz oque me pediu e aqui ele teve trabalho, fez show, deu aula!
Quero deixar bem claro aqui, se ele falasse:
Me leva novamente!
Eu o levaria para Goiás!
Esta é a minha verdade!
Mestre Osvaldo de Souza, discípulo e seguidor de Mestre Bimba!
Leiteiro


Comentários:
Mestre Owaldo disse, ouvi dele nos idos de 1999, que ia calar a boca de todo mundo que achava que ele era culpado.... etc.
Parece que conseguiu porque quem sacaneou os baianos da Regional não foi ele, foi o próprio Mestre da Regional.
O homem tinha cérebro, até ao morrer deu lição de vida.
Melhor calar e refletir.
Fernando Rabelo
Leiteiro


Não é a tôa que Bahiano gosta tanto de Boxe, é que já nasce com a mão fechada!
Tanto com Mestre Bimba, como com Mestre Pastinha, os alunos com 25-40 anos ficaram só olhando. Poderiam se unir e fazerem uma cestinha básica mensal, pelo menos no caso de Pastinha.
Eles conhecem a música:
Capoeira é Bom(?) oi Iaiá, eu sei porque!
Leiteiro


Conceito e Trajetória na Capoeira!
TRAJETÓRIA NA CAPOEIRA ?

Um leitor me propõe um desafio: falar de minha trajetória na Capoeira! 
Tenho certeza que mais de 90% dos praticantes das décadas de 70 e 80 não estavam nem aí para sua trajetória na Capoeira! Estavam numa época de desprezo da Sociedade e perseguição implacável dos evangélicos!
Leiteiro

O Lua conseguiu incutir em mim mais o amor à musicalidade do que à técnica. Assim "mandei ver" e passei a tocar e cantar em Rodas, por mais de 2 horas, me tornando o iniciador de Rodas em São Cristóvão, no Posto 9 em Ipanema, e na Cinelândia! 
Das academias que visitei (entre 1978/82) todas com menos de 10-20 alunos, com exceção de Camisa e Pantera! Na Senzala era por causa do espaço: Classe A e um pouco pequeno! Trajetória com o Lua era impossível pois seu objetivo era ensinar para formar um Grupo folclórico. 

Falei... FOLCLÓRICO? 
Houve um Batizado no mestre Pantera (1978?), presença ilustre de mestre Lilin, de Linhares (ES). Mestre Lilin fazia parte de um Grupo folclórico e seus alunos vinham uniformizados com a roupa do Grupo, que coincidia com a da Capoeira, calça e camisa brancas com uma faixa de pano vermelho do tamanho de uma corda de Capoeira, à guisa de cinto.
No meio da festa aparecem 2 gladiadores e a "peste" do momento: Amarelinho ! Findo o belo Batizado vem a espera da Roda livre, a hora do "Ponha lá, vaqueiro, o seu jaleco de couro"! Entra o primeiro corda-vermelha, digo, faixa vermelha e pula um Golias na sua frente. O "Golias" desce o cacete e quase transforma o "Davizinho" em 2! A turma do "deixa disso" entra em ação e êles vão embora. Só o Amarelinho fica até o fim da festa e provoca um qualquer, dá um tapa no rosto do mesmo e o chama pra fora. Não demorou para se ouvir a gritaria e o "corre-corre", pois Amarelinho -- que era PM na época -- puxou de um "tresoitão" carga dupla, "adubado" de pombos sem asas! 


Falei... FOLCLÓRICO? 
Houve um Batizado no mestre Pantera (1978?), presença ilustre de mestre Lilin, de Linhares (ES). Mestre Lilin fazia parte de um Grupo folclórico e seus alunos vinham uniformizados com a roupa do Grupo, que coincidia com a da Capoeira, calça e camisa brancas com uma faixa de pano vermelho do tamanho de uma corda de Capoeira, à guisa de cinto.
No meio da festa aparecem 2 gladiadores e a "peste" do momento: Amarelinho ! Findo o belo Batizado vem a espera da Roda livre, a hora do "Ponha lá, vaqueiro, o seu jaleco de couro"! Entra o primeiro corda-vermelha, digo, faixa vermelha e pula um Golias na sua frente. O "Golias" desce o cacete e quase transforma o "Davizinho" em 2! A turma do "deixa disso" entra em ação e êles vão embora. Só o Amarelinho fica até o fim da festa e provoca um qualquer, dá um tapa no rosto do mesmo e o chama pra fora. Não demorou para se ouvir a gritaria e o "corre-corre", pois Amarelinho -- que era PM na época -- puxou de um "tresoitão" carga dupla, "adubado" de pombos sem asas!
Trajetória na Capoeira não tem êrro: 
Batizado e graduações até se chegar a mestre! 
Portanto, eu não tenho trajetória na Capoeira porque só fui batizado... e mal! Além disso, conheço pessoas que não foram batizadas e, sim, graduadas! Palestras e Oficinas são partes da trajetória? Acredito que não porque vários Mestres NÃO FAZEM! E os que mudaram de Grupo e foram REBAIXADOS de mestre para aluno? Então, se deduz que trajetória na Capoeira é (algo) raro!
Meu irmão treinou com mestre Camisa no Clube Guanabara 1 mês e meio somente e uns 6 meses com o contramestre do Índio (da Senzala) no Clube do Flamengo, aonde foi graduado. Qual foi/é a trajetória dele na Capoeira, já que depois nunca mais treinou? 
Eu posso até imaginar que tenho conceito com mestres de renome como  Lua Rasta, Guará, Toni, Poeira, Nestor Capoeira, Pantera, etc, mas meu irmão Cincinato se correspondeu com Mestre Canjiquinha, Limãozinho, Waldenor, Cigana, Itapuã (BA), Burguês, Nestor Capoeira, André Lacê, Alvinho Sucuri e Macaô, Gavião e teve a honra de escrever um texto de Abertura de um Batizado de mestre Suassuna em 1988, a pedido dele. Se não fosse os CORREIOS teria se correspondido com meio Mundo.


 RESUMO: para se ter conceito na Capoeira não é preciso ter trajetória, é preciso ter atuação ou trabalho relevante, ou prática admirável... ou TUDO ISSO junto! 
Como disse desde o início, os antigos não estavam "nem aí" para a trajetória... e o CONCEITO?! 
Era a "Era do Espartaco" rebimbando e abrir Rodas carecia de uma boa dose de coragem e muito de insanidade. As histórias corriam... pancadaria e tiros no beco da LOBRÁS, fulano acabou sozinho com Roda na Zona Norte!
Domingo de sol, Feira de São Cri-Cri "bombando" e eu já esperando... lá pelas tantas chegaram 3 gladiadores. O maior e mais famoso se abaixa ao pé do beriba e nenhum herói comparece! Se o Chaves estivesse presente diria: -- "E agora, quem poderá nos defender"! 


Assim o Chapollin Colorado, no caso eu, largo o biriba e vou para o sacrifício. A  cópia fajuta do Golias mostra as armas, fazendo a pose do Pensador de RODIN, só para me mostrar seus bíceps.
Eu sou doido mas não sou burro, ao ver que seu bíceps era da mesma largura de minha coxa de "frango" dei uma ré estratégica e me escondi na platéia congelada. Apareceu um mais doido do que eu, um Davizinho (que tinha vindo com êles) doido para fazer sucesso! Em menos de 20 segundos foi estatelado de costas no chão e o ensandecido Golias deita peito com peito,  imobilizando-o com seu peso animal num autêntico IPON de Judô!
Finda a pantomima e, vendo que daquele mato só sairia ovelha, se retiraram. E lá se vai mais uma semana, com o peso da minha covardia me martirizando. E chega outro domingo e lá vou eu desalentado para o meu Calvário.     Como era de se esperar, quem estava no domingo anterior foi procurar lazer menos perigoso.


Quase 11 horas, hora em que a Roda estaria "bombando" e apenas 2 desconhecidos ao meu lado. Um era negro, 22 / 25 anos, razoavelmente forte. Eis que chega êle, o Espártaco em pessoa! Chama o negro, que nem pestanejou, dando a entender que era de outro Estado... ou estava em estado de graça!
Espártaco fingiu sair e agarrou-o pelos "tomates" e pelo cangote, levando-o uns 3 passos adiante. O negro não mudou de cor e postou-se sereno novamente no pé do biriba. Espártaco repetiu a patifaria e o negro seguiu à risca o que disse mestre Pastinha:
-- "O capoeira quanto mais calmo, melhor"!
Enfim, jogaram e o negro não deixou a desejar... 

https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=video+a+morte+do+capoeira

Espártaco conseguiu a má fama que tanto perseguiu e para seus detratores disse:
-- "Com as pedras que me atiram construirei meu castelo"!
O ponto alto dessa era nefasta para a Capoeira foi a morte do menino, cantada em prosa & verso pelo Jornal Nacional. Tenho dito!

Finda a pantomima e, vendo que daquele mato só sairia ovelha, se retiraram. E lá se vai mais uma semana, com o peso da minha covardia me martirizando. E chega outro domingo e lá vou eu desalentado para o meu Calvário. Como era de se esperar, quem estava no domingo anterior foi procurar lazer menos perigoso.



Osvaldo Rocha de Souza recebeu com aproveitamento os cursos de Capoeira Regional e recebeu o Título de Mestre de Capoeira! 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

 A Escola do Mestre Chuvisco, tem o prazer de convidar você a participar desse evento, que será rico em informações e entretenimento para todos que apreciam a arte da Percussão.



quarta-feira, 18 de agosto de 2021

José Paulo dos Anjos - Mestre Paulo dos Anjos

 


Breve Historia do MESTRE PAULO DOS ANJOS

José Paulo dos Anjos - Mestre Paulo dos Anjos, nasceu na cidade de Estância, Estado de Sergipe em 15 de agosto de 1936. Com cinco anos foi morar em Salvador, Bahia, na rua Ubaranas, onde pela primeira vez conheceu um capoeirista, Mestre Bimba. De lá, mudou-se para Matatu e mais tarde Quintas das Beatas, hoje Cosme de Farias, onde em 1950 conheceu Mestre Canjiquinha, em rodas de rua, com quem então resolveu iniciar-se na Capoeira. Jovem, de origem humilde, lutador por natureza, resolveu deixar a Capoeira para lutar boxe. Mas seu coração já pertencia à Capoeira, e após alguns anos de pugilismo retornou à Academia de Mestre Canjiquinha, onde formou-se em 1957, tornando-se um de seus maiores discípulos. Além da roda de seu Mestre, era assíduo frequentador das rodas de Largo e das rodas de Mestre Waldemar da Liberdade, uma das mais célebres e tradicionais rodas da época, frequentada pela nata da Capoeira de então. Ali, segundo ele, aprendeu muitas das mandingas e malícias que possuía, como, por exemplo, a perícia no jogo de "Panha a Laranja no Chão Tico-Tico", o jogo de dinheiro. Em 1972, mudou-se para o km 17 em Itapoã, onde, em 1975, fundou a Associação de Capoeira Anjos de Angola. Partiu então para São Paulo, onde ensinou por cinco anos, deixando vários discípulos por lá, retornando à Salvador no começo de 1980. Até seu falecimento, vivia e possuía uma academia em Salvador, no Bairro da Paz (antiga Malvinas). Juntamente com Mestre João Pequeno e Mestre João Grande, era um dos maiores e mais tradicionais Mestres da Velha Guarda da Capoeira Angola da Bahia, bastando sua figura para evidenciar tal fato. Seu canto, comparado somente ao de nomes como Mestre Waldemar, Caiçara e Canjiquinha, era o melhor convite para uma boa roda. Como agradecer algo que não podemos pagar.
Deixo aqui o registro de minha admiração e respeito por Mestre Paulo dos Anjos.

terça-feira, 17 de agosto de 2021


 O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.

Albert Einstein


terça-feira, 22 de junho de 2021


 Parabéns Mestre Pastinha 05/04/1889 132 anos

Em homenagem ao velho Mestre, o Museu da Capoeira disponibiliza alguns dos nossos vídeos ligados ao Mestre e a Capoeira Angola Pela preservação da história e Cultura
🎥 Mestre Pastinha 1950 jogo e vídeo original da capoeira - Áudio original / Importante Ler texto
🎥 Mestre Pastinha e sua história - Capoeira Angola - Pastinha! Uma vida pela Capoeira 1998 - Histórico
🎥 História da fundação do C.E.C.A. - Manuscritos de M. Pastinha #capoeiraangola#estudodacapoeira
🎥 Os manuscritos do Mestre Pastinha - Fragmentos da vida e obra - Documento importante capoeira
🎥 M. GILDO ALFINETE EM GRANDE ENTREVISTA - Fala sobre o Mestre pastinha
🎥 Curso de Capoeira ANGOLA Mestre João Pequeno de Pastinha - Arquivo histórico - Ler texto descrição
🎥 ENCONTRO da Angola🦓 e Regional ✡️ - História da Capoeira e dos Mestres - Arquivo histórico 1997
🎥 Mestre João Grande uma vida pela Capoeira 1 - Uma conversa com o Mestre parte 1 de 3
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